No terceiro domingo de maio (17), a Pastoral da Aids da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Vigília Pelos Mortos de Aids, em todas as regiões episcopais, onde, em função da pandemia do Covid-19 indicamos que neste ano a lembrança dos mortos por causa da Aids seja feita de forma individual ou utilizando as redes sociais para sensibilizar as comunidades para a realidade da Aids, que ainda continua a provocar mortes.
A Vigília pelos mortos de Aids é um movimento internacional que iniciou em maio 1983. Um grupo formado por mães, parentes e amigos de pessoas que morreram por causa do HIV, organizou, em Nova Iorque, a Primeira Vigília Pelos Mortos da Aids. Este ano a vigília traz o tema “No brilho da Luz, Fortalecer a Esperança”, expressão que coloca em comunhão as pessoas que faleceram e estão na presença de Deus, com aquelas que cuidam da vida e buscam que os direitos humanos sejam respeitados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que desde o início da epidemia, em 1981, até os dias atuais, cerca de 38 milhões de pessoas morreram de AIDS. E continuam a morrer... realidade que toca muito mais do que os que morrem: famílias, filhos, mães... No Brasil, segundo o Boletim Epidemiológico (BRASIL, 2019), desde o início da epidemia de AIDS (1980) até 31 de dezembro de 2018, 338.905 já faleceram por causa da Aids. A 37ª Vigília pelos Mortos de AIDS da Pastoral da AIDS conclama a todos a manterem acesa a chama da esperança, visando fortalecer a solidariedade, os laços fraternos, o espírito comunitário e o interesse público, colocando a vida humana em primeiro lugar.
A Pastoral da AIDS, como serviço da Igreja Católica, segue os passos do mestre Jesus e sonha em vida e saúde para todos. O sonho é que mais nenhuma pessoa se infecte com o vírus HIV e que todos os que já estejam infectados e vivem com AIDS, sejam acolhidos, acompanhados e tenham qualidade de vida garantida. “Eu vim para que todos tenham vida e a que a tenham em abundância” diz Jesus.
Neste dia queremos fazer memória dos mortos em consequência da AIDS, e suscitar nossa solidariedade com as pessoas que vivem e convivem com o HIV, despertando toda a população para a prevenção. A igreja, mobilizada pela Pastoral da AIDS e por entidades comprometidas com a causa, dá sua contribuição promovendo a solidariedade. Lembra, ao mesmo tempo, que a morte não é a última palavra sobre o humano. Cristo ressuscitou para que transformemos os sinais de morte em sinais de vida.
Fonte: Pastoral da Aids Nacional
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