“Envolver, informar e empoderar” é o tema da Vigília Pelos Mortos de Aids que acontece 14 de maio, a partir das 18h. no Portal da Amazônia (Belém/PA). O momento pretende fazer memória as pessoas falecidas em decorrência desta epidemia, bem como fortalecer o compromisso na garantia de uma vida digna, sobretudo das pessoas que vivem com HIV/Aids.
Há 33 anos, o “International AIDS Candlight Memorial” como também é conhecido, mobiliza pessoas, comunidades e governos do mundo inteiro, para um dia comum de lembrança às vítimas da aids, bem como informar sobre prevenção e tratamento ao vírus.
Em Belém, esta atividade vem sendo organizada pela Pastoral da Aids – CNBB/Norte 2, em parceria com a Federação Internacional de Associações de Estudantes de Medicina (IFSMA) e a Rede Nacional de Adolescentes e Jovens vivendo com HIV/Aids (Jovens + Pará). Além disso, conta com o apoio de outras organizações da Igreja Católica e instituições da sociedade civil que atuam nessa temática.
Para Eduardo da Amazônia, responsável pela celebração, o momento contribui para conscientizar a sociedade acerca da aids e dos demais problemas correlacionados. Para ele “a vigília não é um momento de morte, mas de vida, ocasião em que lembramos de pessoas que não foram enterradas, mas plantadas para ser semente de luta e esperança para esta causa”.
HISTÓRIA DO MEMORIAL
O final dos anos 70 e o início da década de 80, foram marcados por uma doença até então desconhecida. Nos Estados Unidos, Haiti e África Central, pessoas começaram a falecer com sintomas da pneumonia, de um conjunto de infecções oportunistas ou um câncer raro, conhecido como “Sarcoma de Karposi”. Em 1981, descobre-se então a aids.
Em 02 de maio de 1983, na cidade de San Francisco – EUA, um grupo de jovens vivendo com HIV, formado por Bobbi Campbell, Bobby Reynolds, Dan Turner e Mark Feldman, decidiu realizar uma marcha a luz de velas para chamar a atenção sobre a situação das pessoas que estavam morrendo por aids. Na bandeira, a frase “lutando por nossas vidas” se tornou o lema do movimento.
No Brasil, diversos grupos têm assumido a iniciativa, mantendo a sintonia de realizar no terceiro domingo de maio ou aproximado a este dia. Com velas, laço vermelho, canções, bandeiras, flores e outros elementos, reúnem pessoas de boa vontade nesse momento de profunda solidariedade.
AIDS NO PARÁ
O Ministério da Saúde registrou 2011 à junho de 2015, 17.447 casos de aids na Região Norte. Segundo o boletim epidemiológico, nesse mesmo período, 7.514 notificações foram no Pará, colocando-o na sétima posição de casos confirmados no Brasil, liderando a epidemia na Amazônia.
A capital Belém, ocupa o terceiro lugar de casos de aids e óbitos no ranking das capitais brasileiras, junto aos municípios paraenses de Bragança (6º), Tucuruí (21º), Altamira (22º), Castanhal (26º), Marituba (33º), Santarém (46º), Marabá (58º), Ananindeua (60º), Barcarena (73º) e Parauapebas (82º), com mais de 100 mil hab. Em 2014, o coeficiente de mortalidade por aids neste Estado foi de 8,1/100.000 habitantes.
Edgar Barra, coordenador da RNAJVHA-PA e integrante do “Viva Melhor Sabendo Jovem”, projeto da Plataforma dos Centros Urbanos em Belém, ressalta a importância de incentivar cada vez mais o teste para o HIV, como estratégia de reduzir as mortes por aids, sobretudo na população juvenil. “É fato que muito já avançamos, mas muito ainda precisa ser feito. Não podemos aceitar que jovens venham a óbito por preconceito ou desconhecimento de sua condição sorológica” desabafa.
REDES DE SOLIDARIEDADE
Afim de combater esta realidade alarmante, há iniciativas não apenas dos governos e organismos internacionais, mas também da sociedade civil, como resposta comunitária à epidemia. Para além dos serviços de prevenção e tratamento, organizações não governamentais, movimentos e redes vem desenvolvendo estratégias de forma integral, ou seja, intervindo nos diversos problemas biopsicossociais relacionados à aids.
Além da Pastoral da Aids, serviço da Igreja Católica para prevenção da aids e assistência às pessoas positivas para o HIV, há também diversas organizações articuladas no Fórum Paraense de ONG/Aids e Hepatites Virais – FOPAIDSHV. Há também movimentos e redes específicas como a Rede Nacional de Pessoas vivendo com HIV/Aids (RNP+), Rede Nacional de Adolescentes e Jovens vivendo com HIV/Aids (RNAJVHA) e Movimento Nacional de Cidadãs Positivas (MNCP+), presentes no Pará e no território brasileiro.
Neste sentido, Amélia Garcia acredita que as “consultas e antirretrovirais, precisam está atrelados a outras iniciativas pessoais e coletivas que estimulem cada vez mais, não apenas o bem estar individual, mas a garantia de direitos para todos”. Ela que faz parte do Movimento Nacional de Cidadãs Positivas (MNCP+), incentiva pessoas com sorologia a participar de grupos de adesão, instituições e redes de pessoas vivendo com HIV/Aids para apoio mútuo. “uma reflexão diz o seguinte: ‘antes nos escondíamos para morrer, hoje nos mostramos para sobreviver’. É nisso que acredito, se a gente não se une pra fortalecer a nós mesmos e nossa luta, seremos pessoas e grupos enfraquecidos” acrescenta.
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SERVIÇO: 33ª VIGÍLIA PELOS MORTOS DE AIDS
DATA: 14 de maio de 2016
LOCAL: Portal da Amazônia (Belém/PA)
CONTATOS: 91 981831841 ou 982637814
Clique AQUI e confirme sua presença no evento do Facebook.
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DATA: 14 de maio de 2016
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