XIII SEMINÁRIO NACIONAL DE PREVENÇÃO AO HIV

Com objetivo de analisar a atual conjuntura do enfrentamento da Aids, na perspectiva da prevenção, será realizado no período de 02 a 04 de outubro do ano corrente, a 13ª edição do Seminário Nacional de Prevenção ao HIV, em Porto Alegre/RS, com o tema “AINDA NÃO CHEGAMOS... O PERMANENTE DESAFIO DA PREVENÇÃO”. A atividade promovida pela Pastoral da Aids, em parceria com a Casa Fonte Colombo – Centro de Promoção da Pessoa Soropositiva-HIV e a Escola superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana – ESTEF num cenário em que, segundo o último relatório do Programa das Nações Unidas sobre HIV – UNAIDS, estima-se que 36,9 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com o vírus, mas só metade delas sabem.

Entre os convidados está Dr. Fábio Mesquita, diretor do Departamento Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais (Ministério da Saúde); Maria Clara Gianna, coordenadora da Política de Aids em São Paulo (CRT DST/Aids-SP); Veriano Terto, Jr. docente no Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ) e membro da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA); Rubens Duda, do Programa Municipal de DST e Aids de São Paulo; Luiz Carlos Susin, frei capuchino, doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e professor na PUCRS e Ricardo Charão, ex-coordenador estadual de DST/Aids do Rio Grande do Sul.

De 2000 a 2014, o número de infecções no mundo caiu 35% e passou de 3,1 milhões para 2 milhões no ano passado. O número de mortes também caiu 41% nesses 15 anos. Entretanto, preocupa o fato de que a aids continua a crescer na população juvenil. Entre os jovens brasileiros do sexo masculino de 15 a 19 anos, o número de casos aumentou mais de 50% na última década e os casos de infecção ao HIV cresceram 11% entre 2005 e 2013 nos demais estratos sociais. Assim, acredita-se que cerca de 734 mil pessoas vivam com o vírus. Neste sentido, o referido seminário pretende abordar a experiência da medicalização, suficiência da rede de atenção, papel da rede básica, incorporação de novas tecnologias, papel das organizações da sociedade civil e compreensões da sexualidade.

Segundo Frei José Bernardi, secretário executivo da Pastoral da Aids, este é um evento que acontece anualmente sobre os desafios que a epidemia apresenta no campo da prevenção. Ele acredita que “enquanto há novas infecções, ainda temos necessidade de respostas novas e de novas estratégias para evitar que o contágio continue”. Por reunir diversas lideranças, ele afirma que o seminário nacional “é uma oportunidade para animar as equipes que se dedicam em todo o Brasil e incentivar práticas promissoras”. E acrescenta: “O evento é importante também, porque proporciona diálogo entre os agentes de pastoral e profissionais da área da saúde, estudiosos que estão pesquisando nas universidades e gestores das três esferas de governo, responsáveis pela implementação de políticas públicas no campo do HIV e aids”.

INFORMAR, DIALOGAR E PREVENIR

Para Frei Luiz Carlos Lunardi, assessor da Pastoral da Aids, o 13º seminário nacional traz novamente a preocupação da prevenção para conscientizar os agentes no engajamento e compromete-los na disseminação da informação correta e segura. “Ainda não chegamos... o permanente desafio da prevenção” é o tema desta atividade, que quer pautar a situação vivida em relação à epidemia da aids e dialogar com todas as esferas sociais.

Além da cerimônia de abertura, o seminário terá três grandes conferências com os temas: “Evidências da eficácia da estratégia ‘testar e tratar’ no Brasil”; “Como equacionar prevenção em populações-chave e população em Geral?” e “Como tratar a sexualidade para impactar na prevenção do HIV?”. O momento também será de integração, celebração e compromisso para as equipes de pastoral espalhadas nas dioceses da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB.

De acordo com o assessor, a novidade que o seminário quer trabalhar é reafirmar aos agentes de pastoral, lideranças do movimento social e gestores que estarão presentes, do porquê ainda se faz necessário investir na prevenção e no diálogo urgente entre – governo, sociedade civil e organização não-governamental - na busca de unidade e consenso para um eficaz enfrentamento do HIV e da aids” em sintonia com o apelo do Papa Francisco: “É urgente a união de esforços de todos os setores sociais” texto expressado na carta enviada à 8ª Conferência da Sociedade Internacional da Aids, em julho de 2015, no Canadá.

PASTORAL DA AIDS – UM DESAFIO DE SOLIDARIEDADE

Instituída em 2002, a Pastoral da Aids é um serviço  da Igreja Católica do Brasil que em parceria com outras igrejas, profissionais de saúde, gestores governamentais e organizações da sociedade civil atua no enfrentamento da epidemia do HIV. Deste modo, a Pastoral tem sido presença em todos os regionais da CNBB, seguindo um contínuo processo de implantação nos diversos estados e municípios.

Segundo o presidente da Pastoral da Aids, Dom Eugênio Rixen (Bispo de Goiás), este serviço tem o desafio solidário de “não ser simplesmente uma pastoral para as pessoas que vivem com HIV ou aids. Ela tem procurado ser uma Pastoral com as pessoas que vivem com o vírus, incentivando a participação, o engajamento e o protagonismo daqueles/as que vivem com HIV.”

O desafio da prevenção permanece, a epidemia da aids ainda não foi vencida” destaca Fr. Lunardi. Muitas novas infecções acontecem e amargamos ainda altos índices de óbitos. A Igreja Católica, através da Pastoral da Aids, que é um importante serviço no cenário brasileiro, tem ampla atuação nas dioceses e paróquias com ações concretas junto à população.

Promover a vida como bem maior é parte do objetivo geral da Pastoral da Aids, levando em consideração que “o sonho de todos é que nenhuma pessoa se infecte mais pelo HIV”, comenta o assessor. Segundo ele, “a Pastoral tem investido esforços e recursos na capacitação de agentes multiplicadores para que desenvolvam ações de prevenção, informação e orientação de toda a população com atenção especial em áreas e populações mais desassistidas”. Fr. Luiz Carlos Lunardi, cita ainda o permanente trabalho de elaboração de materiais da Pastoral da Aids, pois  acredita que informar é um modo de prevenir e tratar. Isto ocorre, especialmente, em três campanhas nacionais da Pastoral: o incentivo ao diagnóstico precoce; vigília pelos mortos de aids, no 3º domingo de maio; e no 1º de dezembro, dia mundial de luta contra a Aids.

           (Por Eduardo da Amazônia - Agente Pastoral e Educomunicador Popular) 

SERVIÇO

XIII SEMINÁRIO NACIONAL DE PREVENÇÃO AO HIV
Data: 02 a 04 de outubro de 2015.
Local: Auditório Dom Helder Câmara
Endereço: Rua Tomás Edison, 212 (ao lado da Igreja Santo Antônio do Partenon - Porto Alegre/RS)

Contatos: 51 3346-6405 (Cristiane Saraiva) ou secretaria@fontecolombo.org.br
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Hospedagem e Alimentação por conta da Secretaria Nacional da Pastoral
Deslocamento por conta dos participantes. A Secretaria Nacional providenciará translado do aeroporto até o local do evento.


 


PROGRAMAÇÃO

Sexta-feira, 02/10

16:00 – Cerimônia de Abertura com participação de representantes do Ministério da
Saúde, da Secretaria de Saúde RS, Secretaria Municipal de Saúde
de Porto Alegre, Fórum de Ongs/Aids, Bispo referencial para
Pastoral da Aids- Regional Sul 3 CNBB, Pastorais Socias.
16:30 – Acolhida e apresentação dos participantes
17:00 – Conferência: Evidências da eficácia da estratégia “testar e tratar” no Brasil Conferencista: Dr. Fábio Mesquita, Diretor do Dep.de DST, Aids e HV, do MS
Debatedora: Dra. Maria Clara Gianna, Coord. Política de Aids SP
19:00 – Jantar de confraternização


Sábado, 03/10
8:00 – Animação e espiritualidade
8:30 – Conferência: Como equacionar prevenção em populações-chave e população
em Geral?
Conferencista: Prof. Veriano Terto Junior - UFRJ
Debatedor: Fr. Luiz Carlos Lunardi – Assessor Pastoral da Aids
12:00 – Almoço
14:00 – Painel: Como tratar a sexualidade para impactar na prevenção do HIV
Painelistas: Luiz Carlos Susin - PUCRS
Ricardo Charão
19:00 – Jantar
20:00 – Noite cultural


Domingo, dia 04/10
8:00 – Celebração de São Francisco
9:30 – Roda de Conversa: palavra livre para repercussão dos temas abordados
10:30 – Conclusões e apontamentos para qualificar as práticas dos agentes (equipe de sistematização)

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