O mundo convive há
quase 40 anos com a epidemia da Aids. Doença que se espalhou rapidamente e hoje
atinge todos os países, não fazendo acepção de pessoas: sexo, idade, condição
social, opção religiosa. Embora tenha diminuído o número de mortes, ela ainda é
uma realidade, especialmente para os mais pobres. Há um grande número de
pessoas infectadas que são portadoras do vírus, mas não sabem por não terem
feito o teste HIV, configurando assim uma epidemia silenciosa.
A Vigília é um
movimento mundial que iniciou em 1983. Fazendo memória dos mortos em
consequência da Aids, a Vigília pretende suscitar solidariedade aos portadores
do HIV e despertar toda a população para a prevenção. A igreja, mobilizada pela
Pastoral de IST/Aids e por entidades comprometidas com a causa, dá sua
contribuição promovendo a solidariedade. Lembra, ao mesmo tempo, que a morte
não é a última palavra sobre o humano. Cristo ressuscitou para que
transformemos os sinais de morte em sinais de vida.
A Pastoral da Aids,
como serviço da Igreja Católica, segue os passos do mestre Jesus e sonha em
vida e saúde para todos. O sonho é que mais nenhuma pessoa se infecte com o
vírus HIV e que todos os que já estejam infectados e vivem com Aids, sejam
acolhidos, acompanhados e com qualidade de vida garantida. “Eu vim para que
todos tenham vida e a que a tenham em abundância” diz Jesus.
O Brasil está perdendo
a batalha contra dois dos principais indicadores de aids: o número de novos
casos e as mortes pela doença. Dados divulgados em 30/11/2016, pelo Ministério
da Saúde mostram que as taxas registradas no ano passado de infecções e de
óbitos são praticamente as mesmas relatadas há dez anos. É como se todo o
avanço científico nesse período não tivesse trazido benefícios ao País.
Segundo matéria
publicada no site correio braziliense[1]
“As taxas de mortalidade cresceram nas Regiões Norte e Nordeste e caíram no
Sudeste, entre 2005 e 2015. Como consequência, a estatística nacional fica
inalterada. São 5,6 óbitos a cada 100 mil habitantes. A diretora do
departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais,
Adele Benzaken, atribuiu o problema sobretudo a falhas de atendimento em
determinadas regiões e ao diagnóstico tardio. Uma das estratégias do governo
para reverter esse quadro é tentar antecipar o diagnóstico e o início do
tratamento de pacientes Atualmente, cerca de 112 mil pessoas no Brasil vivem
com o HIV e desconhecem essa condição. Pelos cálculos do Ministério da Saúde,
outras 260 mil sabem que têm o vírus, mas não querem iniciar o tratamento.
"Hoje não há mais dúvidas de que essa é a melhor estratégia. Tratamento é
o que temos de melhor para pessoas com o vírus", disse Adele”.
Do início da epidemia
de aids (1980) até dezembro de 2016, foram identificados 320.353 óbitos (no
Norte 13.474 e no Pará 7.097 – 1º da
região e 9º lugar em nível nacional) cuja causa básica foi a aids. Entre os
jovens de 15 a 19 anos e entre os maiores de 50 anos, observa-se uma tendência
de aumento dos óbitos. Entretanto, somente em
2015 foram 1.607 jovens entre 15 e 29 anos que faleceram em decorrência da
aids, em sua maioria entre 25 e 29 anos (1.026).
Engajada na luta pela
vida, este ano a Igreja Católica por meio da Pastoral da Aids celebra a Vigília,
no 3º domingo do mês de maio, sobre o tema “Tantas vidas não podem se perder”, expressão que nos coloca em
comunhão com as pessoas que faleceram e estão na presença de Deus, com aqueles
que cuidam da vida e buscam que os direitos humanos sejam respeitados. Celebrar
esse dia é um momento oportuno de nos sensibilizar com os familiares que
perderam seus entes queridos.
Como expressão de nosso
gesto concreto, a Pastoral da Aids – Regional Norte 2[2]
solicita que a todos os Párocos e lideranças pastorais inscrevam nas intenções
da Santa Missa do 3º domingo de maio a Vigília Mundial Pelos Mortos de Aids, incentivem
os fiéis ao Diagnóstico precoce e a rezarem junto conosco a ORAÇÃO PELA VIDA:
Senhor
fonte da vida e da esperança...
Estamos
diante de Ti como criaturas frágeis e necessitadas
Tu que amas o que existe,
Acolhe-nos em teu coração.
Recebe os que faleceram de Aids.
Confiantes na tua promessa cremos que a morte não é
o fim!
Torna-nos
defensores da vida, perseverantes na luta,
Solidários
no sofrimento...
Livra-nos da discriminação,
Liberta-nos do preconceito.
Sejamos acolhedores e misericordiosos,
Conforme a Tua vontade.
Amém!
[1] http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2016/12/01/interna_ciencia_saude,559530/brasil-registra-5-6-obitos-por-aids-a-cada-100-mil-habitantes.shtml
Telefone: (91) 982637814 (Francisco Araújo, OFS) e (91) 981831841 (Eduardo Soares).
COMENTE COM O FACEBOOK: