MORRER NÃO É ESQUECER

A Pastoral da Aids realizou atividade de distribuição de material e orientação no Cemitério Santa Izabel, o mais tradicional de Belém, localizado no bairro do Guamá e gerido pela Prefeitura de Belém desde 1890.
Neste ano, as agentes da Arquidiocese de Belém, distribuíram 1000 panfletos na manhã do dia 02 de novembro de 2016. Este material informativo é utilizado também na vigília pelos mortos de aids - Celebrado no 3º domingo do mês de maio, e oferece várias informações a cerca da prevenção ao HIV/aids e ainda a oração pela vida. 
Para a Igreja Católica, morrer não é esquecer de nossos entes queridos. A morte pode ser compreendida como um descanso eterno, alegria plena. É estar frente a frente com o Pai... é a coroa da vida! Contudo, quando tantas vidas são tiradas em decorrência da violência, das drogas, do desespero e sobre tudo de epidemias como o HIV, os vivos não podem descansar.
Para muitos, ainda nos dias atuais, viver com HIV é sinônimo de morte. É como se a morte fosse o sobrenome da aids. No entanto, a Pastoral da Aids acredita que o primeiro passo diante do HIV não não devemos compreender a aids como uma representação direta de morte. E por isso, trabalhamos para que este paradigma seja reelaborado. Pois, o HIV ainda não tem cura, mas tem tratamento! Somando as diversas possibilidades de prevenção, acreditamos que a militância é uma das formas que auxiliam a superar o enlutamento, que dura aproximadamente um ano, e ajuda ao paciente superar os demais obstáculos. A militância ajuda no processo da adesão integral ao tratamento proposto pelas unidades de saúde, a qual oferece o TARV, equipe multidisciplinar (infectologista, psicólogo, assistente social, farmacêutico, secretários e outros), controle e prevenção.

A militância ainda é uma estratégia informal de prevenção, mas que já demonstrou grande contribuição no tratamento da aids, como a reintegração social do paciente às relações interpessoais, estabelecimento de vínculos afetivos sexuais, politização e protagonismo na contenção da epidemia, contribuição na construção de políticas públicas.

Para maiores informações sobre o tema, aconselhamos os leitores a acessarem o Trabalho de Conclusão de Curso: MORTE E AIDS: REPRESENTAÇÕES DE MORTE NA CONTÍSTICA DE CAIO FERNANDO ABREU E NAS CRÔNICAS DE SOROPOSITIVOS  - Por Francisco José Corrêa de Araújo

Para concluir esta notícia, nos despedimos com a Oração Pela Vida:

Senhor fonte da vida e da esperança...
Estamos diante de Ti como criaturas frágeis e necessitadas
Tu que amas o que existe,
Acolhe-nos em  teu coração.
Recebe os que faleceram de Aids.
Confiantes na tua promessa cremos que a morte não é o fim!
Torna-nos defensores da vida, perseverantes na luta,
Solidários no sofrimento...
Livra-nos da discriminação,
Liberta-nos do preconceito.
Sejamos acolhedores e misericordiosos,
Conforme a Tua vontade.
Amém!

(Secretaria Nacional da Pastoral da Aids)





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